O Comandante Guélas
ISEF 2
ISEF 2
No dia dezanove de julho do Ano da
Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de dois mil e quatorze decorreu mais um encontro
cultural/gastronómico da turma dois que albergou nos anos oitenta do século
passado, durante cinco longos anos (excepção ao Dr. Jacques que continua na
zona), junto à inebriante ribeira do Jamor, os rebentos da elite do Instituto
Superior de Educação Física de Lisboa. O programa das festas foi elaborado pelo
primeiro, e único, que já conseguiu a reforma, graças aos anos que passou no
Comité Central, que contaram a dobrar, e a uma queda aparatosa de uma falésia,
onde ganhou cinco cromossomas extras, que lhe deram dez anos de avanço sobre os
colegas, que o pôs a fraldas e a falar chinês durante vários meses, tentando
sempre obrigar as enfermeiras a pagar-lhe a gasolina, tal qual ameaçara fazer
uns anos antes o Professor Doutor Parrilha quando se confrontara com o único
chumbo a “Dança Clássica”, após uma noite inteira a treinar com a Glorinha do
bar. As falhas mentais do reformado ficaram patentes no documento enviado à
seleção, onde passou da “Atividade 1” (“Caminhada”) para a “Atividade 3”
(“Almoço”), ficando assim em evidência que o número 2 já não consta nas suas
memórias. Mas como “Deus escreve sempre direito por linhas tortas”, dizia-lhe
sempre o Barreirinhas, houve “Atividade 2”. O encontro deu-se no Pavilhão
Desportivo de Portalegre, mas sem a presença do anfitrião, e perto da “Entrada
Sul”, e não da “Norte”, como constava no documento.
- Onde
está o Dr. Jacques? – Perguntou o Professor Vereador Anselmo, o mais próximo da
reforma, com vários anos de vereação e outros vícios políticos, que contam
sempre a dobrar.
De Jacques
nem vê-lo, mas quem entrou em pião no seu táxi foi o famoso Parrilha, que
ameaçara uns anos antes limpar o torneio de Judo da Turma 2, mas acabara no
último lugar, atrás duma colega que acabara de vir de uma noitada na pesca, e
que o deixara a tresandar a peixe. Por
pouco não atropelou todos os presentes, arriscando a tornar o evento cultural
no primeiro almoço individual da História da Turma 2 do ISEF. Os colegas
puderam então verificar que este atleta se sujeitara recentemente a uma colonoscopia,
exame aconselhável a todo este pessoal da meia-idade, mas que fora vítima da
negligencia do médico especialista, Dr. Vale e Azevedo que, em vez de lhe
encher a tripa com ar, colocara o tubo numa orelha, à semelhança dos colegas muitos anos antes numa aula de fisiologia prática, em que lhe colocaram o elétrodo do cardiograma nas partes baixas. Saiu do exame com a cabeça inflacionada, como se pode observar na foto que acompanha este documento.
- Onde
está o Dr. Jacques? – Perguntou o vizinho do Reformado, Dr. Corista, o primeiro
a chegar pela fresca da manhã, com o fato de treino do Benfica, e que acabara
de acordar.
A espera
foi longa, e quando se aperceberam que o anfitrião não iria chegar, talvez
devido a estar a realizar o último exame no Jamor, que finalmente lhe iria dar
o certificado do primeiro ano, apareceu um chaparro a guiar um carro que,
ao se aperceber da ausência do organizador, disse:
- Bem me
parecia que ele estava na “Entrada Norte” amarrado a uma árvore, rodeado de
leitões.
Na actividade
1 (“Caminhada”) os presentes constataram que o célebre “Jardim Tarro” afinal se
chamava “Jardim Sarro”, pois consistia num lago onde a população costumava
lavar-se, o Palácio Amarelo tinha sido pintado na véspera pelo Jacques para
impressionar os colegas da qualidade de vida de Portalegre, e a Rua Direita
era completamente torta, sinal de que se confirmava in loco o rating
negativo das notas do 12º ano dos alunos de matemática de Portalegre.
A “Atividade
2” (“Onde está o Jacques”?), decorreu no local indicado pelo alentejano, que
consistiu numa "vaquinha" para o comprar, pois
todas as tentativas para a sua libertação (o reformado chegou a elaborar um poster onde se podia ler "Libertem o careca do povo") se revelaram infrutíferas, uma vez que não
conseguiram convencer o dono da quinta de que ele não era a mãe dos bichos, mas
sim um Dr. Do ISEF. Uma vez livre o anfitrião, deu-se início à “Atividade 3”
(“Almoço”), mas já com o Jacques traumatizado, porque apresentou receios fundamentados,
uma vez que o nome do restaurante, “Leitão”, trazia-lhe más recordações,
arriscando-se a ser confundido com uma refeição mal entrasse no espaço de
degustação. Valeu a pronta intervenção do judoca com hidrocefalia, que ameaçou:
- Só se
passarem por cima da minha cabeça é que fazem mal ao Jackes!
Estiveram
também presentes uma senhora, que veio acompanhada pelo responsável da foto, o
Diniz, e o mais acrobata ginasta do ISEF, senhor das mais famosas cambalhotas,
tão direitas como a rua da cidade anfitriã.
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